Imprudência médica pode gerar indenização? Saiba como recorrer à Justiça

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08/04/2025 11 minutos de leitura
Imprudência médica pode gerar indenização? Saiba como recorrer à Justiça

Fonte: Freepik.com

Se você suspeita que foi vítima de imprudência médica e quer saber se tem direito à indenização, este artigo é para você.

Explicamos, de forma clara e acessível, o que diz a lei, como reunir provas e quando buscar ajuda especializada para defender seus direitos.

O que é imprudência médica e como ela pode afetar o paciente?

A imprudência médica é um tipo de erro médico que ocorre quando o profissional de saúde age com precipitação, sem a cautela necessária, durante um tratamento ou procedimento.

A Organização Mundial da Saúde destaca que falhas evitáveis na assistência estão entre as principais causas de danos a pacientes no mundo.

Esse tipo de conduta pode incluir o uso inadequado de materiais, a realização de cirurgias sem exames prévios ou a pressa em decisões clínicas. As consequências variam de desconfortos temporários a lesões permanentes.

A falta de atenção do médico pode comprometer a recuperação, gerar novas complicações e impactar diretamente a segurança e a confiança do paciente no sistema de saúde.

Quando a imprudência médica dá direito à indenização?

A imprudência médica dá direito à indenização quando a conduta do profissional ultrapassa os limites aceitáveis da boa prática e causa prejuízos à saúde do paciente.

Isso ocorre em casos em que há exposição desnecessária a riscos, procedimentos precipitados ou falha na prestação adequada do serviço.

A legislação brasileira impõe responsabilidade civil ao profissional quando há erro, dano e nexo causal entre ambos.

Embora nem todos os erros sejam indenizáveis, se for comprovado que o médico agiu com descuido, desconsiderando o cuidado máximo esperado, o paciente pode buscar reparação pelos danos sofridos.

Quais são os primeiros sinais de que houve imprudência médica?

Os primeiros sinais de imprudência médica geralmente aparecem quando o paciente percebe que houve uma conduta precipitada, sem o devido cuidado ou avaliação prévia.

Isso pode ocorrer, por exemplo, quando um exame é ignorado, um procedimento é realizado às pressas ou sem explicação adequada.

Outros indícios são a piora do quadro de saúde logo após o atendimento, consequências inesperadas do tratamento ou falta de resposta da equipe médica diante de sinais de complicação.

A imprudência não depende de intenção, mas da falha em seguir os protocolos corretos. Nessas situações, é fundamental registrar os fatos e buscar orientação jurídica para avaliar a conduta médica adotada.

O que fazer se um procedimento médico piorou a minha saúde?

Se um procedimento médico causou piora no seu estado de saúde ou gerou consequências inesperadas, é importante agir com cautela e atenção.

O primeiro passo é procurar outro médico de confiança para avaliar sua condição e identificar se houve falha na conduta anterior.

Também é fundamental reunir documentos, exames e registros que possam esclarecer o que ocorreu. Preservar essas informações pode ser decisivo para proteger seu bem-estar e seus direitos.

Mesmo que nem todo erro comprometa a vida do paciente, qualquer violação à segurança ou à dignidade no atendimento médico deve ser levada a sério. Buscar orientação jurídica é o caminho mais seguro.

Responsabilidade médica: o que diz o Código de Defesa do Consumidor?

A responsabilidade médica também está amparada pelo Código de Defesa do Consumidor (CDC), que se aplica à relação entre paciente e prestadores de serviço de saúde.

De acordo com o art. 14 da legislação, o fornecedor de serviços responde, independentemente de culpa, pela reparação dos danos causados ao consumidor por defeitos na prestação do serviço.

Na prática, isso significa que clínicas, hospitais e planos de saúde devem responder pelos erros médicos ocorridos sob sua gestão. O modo como o serviço foi prestado — se houve falhas, omissões ou condutas impróprias — será analisado para definir a responsabilidade.

O CDC garante proteção especial ao paciente, exigindo das instituições práticas seguras, transparentes e éticas. Quando essas obrigações são descumpridas, o paciente tem respaldo legal para buscar reparação.

Preciso passar por perícia médica para pedir indenização?

Na maioria dos casos de pedido de indenização por erro médico, a perícia médica judicial é uma etapa essencial. Isso porque ela é o principal meio de provar se houve falha na prestação do serviço médico e se essa falha causou diretamente o problema de saúde alegado pelo paciente.

A forma como o perito avalia o caso inclui a análise de prontuários, exames, laudos e do histórico clínico. O profissional nomeado pelo juiz — normalmente um médico com experiência na área em questão — emitirá um laudo técnico com base nas evidências. Esse documento pode confirmar se a conduta do médico ou da equipe foi inadequada e se as consequências foram de fato causadas por um erro.

Embora não seja obrigatória em todos os processos, a perícia é praticamente indispensável quando há discussão sobre a conduta técnica adotada. Sem ela, muitos erros não podem ser comprovados de forma objetiva, o que pode enfraquecer a ação.

Por isso, o acompanhamento por um advogado especializado é fundamental para conduzir a ação com segurança, inclusive na formulação dos quesitos que orientarão a perícia.

Que tipo de documentação é essencial para entrar com uma ação?

Para propor uma ação judicial por erro decorrente de imprudência em procedimentos médicos, é fundamental reunir a documentação que comprove a conduta adotada, o dano sofrido e o nexo entre eles.

Esses documentos são a base da argumentação jurídica e técnica e servem para mostrar ao juiz que houve violação dos deveres previstos no Código de Ética Médica.

Os principais documentos que devem ser reunidos incluem:

  • Prontuário médico ou prontuário eletrônico completo: documento central para entender como o atendimento foi conduzido, quais procedimentos foram realizados, quais medicamentos foram prescritos e qual a evolução do quadro clínico.

  • Exames e laudos médicos: ajudam a demonstrar o estado de saúde do paciente antes e depois do atendimento.

  • Relatórios de alta hospitalar e registros da clínica ou hospital onde o atendimento ocorreu.

  • Receitas e prescrições médicas: comprovam orientações clínicas e uso de medicamentos.

  • Comprovantes de despesas médicas: são importantes para fundamentar o pedido de indenização por danos materiais.

  • Mensagens e e-mails trocados com o médico ou equipe: podem mostrar alertas ignorados ou falhas de comunicação.

Quanto mais detalhada a documentação, maior a chance de êxito na ação. Um advogado especializado saberá analisar esses documentos e avaliar se houve violação ética ou técnica por parte do médico responsável.

Posso recorrer à Justiça mesmo que não tenha todos os documentos?

Sim, é possível recorrer à Justiça mesmo sem todos os documentos em mãos.

Muitos pacientes desconhecem que têm direito de solicitar cópias do prontuário e outros registros diretamente ao hospital, clínica ou profissional de saúde envolvido.

O advogado pode pedir esses documentos judicialmente, caso haja negativa. Por isso, mesmo que você ainda não tenha tudo reunido, é importante buscar orientação jurídica o quanto antes para proteger seus direitos.

A negativa de exames ou de atendimento pode ser considerada imprudência?

Sim, em alguns casos, a negativa de exames ou de atendimento pode ser entendida como imprudência e, consequentemente, configurada como erro médico.

Isso acontece quando o profissional de saúde se recusa a realizar um ato médico essencial para a definição do diagnóstico ou para o início de um tratamento, mesmo havendo indicação clínica e necessidade evidente.

Essa conduta pode agravar o problema de saúde do paciente e gerar consequências evitáveis, afetando diretamente a sua segurança e bem-estar. Os próprios conselhos de medicina orientam que o médico tem o dever de agir com diligência e não deve omitir recursos diagnósticos quando eles são necessários.

Quando a recusa é injustificada e causa dano ao paciente, pode haver responsabilidade civil, ética e até administrativa. Nessas situações, os pacientes devem buscar orientação jurídica para avaliar a conduta e adotar as medidas cabíveis.

Quanto tempo tenho para entrar com a ação na Justiça?

O prazo para entrar com uma ação por erro médico, incluindo casos de imprudência, geralmente é de 5 anos, conforme estabelece o artigo 27 do Código de Defesa do Consumidor (CDC).

Esse prazo se aplica quando a relação entre paciente e médico ou instituição de saúde é considerada uma prestação de serviço.

Nos casos em que a falha é evidente, é importante não adiar o início dos processos, pois a contagem começa a partir da data em que o paciente toma conhecimento do dano.

Se a ação for de natureza exclusivamente cível, sem relação de consumo, pode haver discussão sobre o prazo ser de até 3 anos, segundo o artigo 206, §3º do Código Civil.

Cada situação deve ser avaliada por um advogado, para verificar o enquadramento correto e evitar a perda do direito de ação.

A imprudência médica pode gerar sérias consequências para o paciente — físicas, emocionais e financeiras. Quando um erro médico acontece por falta de cuidado, precipitação ou desrespeito aos protocolos técnicos, é fundamental agir com informação, estratégia e apoio jurídico.

Na Garrastazu Advogados, contamos com um núcleo especializado em direito médico, preparado para analisar cada caso com seriedade, técnica e empatia. Se você passou por uma situação que comprometeu sua saúde ou gerou dúvidas quanto à conduta de um profissional, estamos prontos para ajudar.

Buscar justiça é também uma forma de prevenção: protege você e evita que outros pacientes passem pelo mesmo problema.

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