Danos estéticos: o que caracteriza e como buscar indenização

Carlos Horácio Bonamigo Filho
Carlos Filho CEO
25/03/2025 11 minutos de leitura
Danos estéticos: o que caracteriza e como buscar indenização

Alterações físicas permanentes causadas por acidentes, erros médicos ou outros fatores podem afetar diretamente a aparência de uma pessoa, comprometendo sua autoestima e qualidade de vida. Esses danos, conhecidos como danos estéticos, são mais do que apenas uma questão de aparência: representam também um impacto emocional e social significativo.

Se você ou alguém próximo sofreu uma situação que resultou em um dano estético, é essencial entender como funciona a indenização nesses casos e quais são os direitos do lesado. Este artigo traz informações claras e objetivas sobre o tema, ajudando você a buscar justiça e reparação.

Fonte: Freepik

O que caracteriza Danos Estéticos?

O dano estético é definido como qualquer alteração permanente ou significativa na aparência de uma pessoa, resultando em desfiguração ou modificação visível da forma original do corpo. Ele pode ser decorrente de diversos fatores, como:

É importante também considerar a recuperação física e emocional após sofrer um dano estético. Além disso, a correção monetária na indenização é crucial para manter o valor atualizado em relação à inflação, garantindo que a compensação financeira não seja prejudicada pela desvalorização da moeda durante o processo.

 

Conceito e Definição

O dano estético é uma lesão que afeta a aparência física de uma pessoa, causando alterações morfofisiológicas que podem gerar dor, sofrimento e prejuízos de ordem funcional. Diferente do dano moral, que está relacionado ao sofrimento emocional e psicológico, o dano estético é uma categoria autônoma e concreta, visível e mensurável. Ele pode ser causado por uma variedade de situações, como acidentes de trânsito, acidentes de trabalho, erros médicos e cirurgias plásticas mal-sucedidas. Essas alterações na aparência podem impactar significativamente a autoestima e a vida social da vítima, tornando essencial a busca por reparação.

O que é dano estético?

O dano estético é uma categoria autônoma de dano que se refere a qualquer lesão significativa que altere a vida social e pessoal da vítima, causando uma alteração morfofisiológica. Isso pode incluir deformidades, cicatrizes, sequelas ou outros problemas que causem mal-estar ou insatisfação. O dano estético pode ocorrer em diversas esferas, incluindo acidentes de trânsito, acidentes de trabalho e erros médicos. Empresas que causam danos estéticos e enfrentam dificuldades financeiras podem recorrer à recuperação judicial como um recurso importante para evitar a falência e assegurar a continuidade das atividades empresariais.

Acidentes de trânsito:

Lesões graves que deixam cicatrizes ou deformidades.

Erros médicos:

Procedimentos mal realizados, como cirurgias plásticas com resultados insatisfatórios.

Acidentes de trabalho:

Ferimentos que geram perda de membros ou cicatrizes evidentes.

Ao contrário do dano moral, que está relacionado ao sofrimento emocional, o dano estético tem uma base concreta, sendo facilmente identificado e comprovado por meio de laudos médicos, fotos e perícias técnicas.

De acordo com o artigo 186 do Código Civil, aquele que, por ação ou omissão, causar dano a outrem, mesmo que exclusivamente estético, comete ato ilícito:

“Art. 186 - Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.”

Além disso, o artigo 927 do mesmo Código reforça a obrigatoriedade de reparação:

“Art. 927 - Aquele que, por ato ilícito, causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo.”

É importante destacar a importância de medidas de segurança no trabalho para prevenir acidentes que resultem em danos estéticos.

Diferença entre dano estético, dano moral e dano material

O dano estético é caracterizado por uma deformação humana externa ou interna, deixando uma marca corporal e causando dor no íntimo da pessoa, gerando também um sofrimento social. Já o dano moral é o que atinge o ofendido como pessoa, não lesando o seu patrimônio, e é considerado de ordem puramente psíquica. O dano material, por outro lado, ocorre quando a pessoa sofre, comprovadamente, prejuízo financeiro ou patrimonial, decorrente de ação ou omissão praticada por outrem.

Responsabilidade Civil e Pagamento

A responsabilidade civil por danos estéticos é regulada pelo Código Civil, que estabelece que aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, causar dano a outrem, comete ato ilícito. Isso significa que, se uma pessoa ou empresa causar um dano estético a alguém, ela pode ser responsabilizada e obrigada a pagar uma indenização. O pagamento de indenização por danos estéticos pode ser requerido por meio de uma ação judicial, onde a vítima deve comprovar a extensão do dano e o prejuízo sofrido. O valor da indenização é fixado com base na gravidade do dano, sua visibilidade e o impacto na vida da vítima, incluindo possíveis danos morais e materiais.

Jurisprudências sobre Danos Estéticos

A jurisprudência sobre danos estéticos é vasta e oferece uma visão detalhada de como os tribunais lidam com esses casos. Um exemplo importante é a Súmula 387 do STJ, que permite a cumulação das indenizações por dano estético e dano moral, reconhecendo que ambos podem coexistir e causar diferentes tipos de sofrimento à vítima. Outra decisão relevante é do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, que responsabilizou um condutor por um acidente de trânsito, obrigando-o a indenizar a vítima pelos danos morais e estéticos sofridos. Essas decisões mostram a importância de uma abordagem abrangente na reparação dos danos causados.

Comprovação do Dano Estético

A comprovação do dano estético é crucial para o sucesso de uma ação judicial que busca indenização. A vítima deve apresentar provas documentais, como laudos médicos e periciais, fotografias do antes e depois do incidente, e relatos de testemunhas que possam atestar a extensão do dano e seu impacto na vida da vítima. É essencial demonstrar que o dano estético é uma lesão aparente e que afeta significativamente a vida social e pessoal da vítima. A apresentação de provas robustas e detalhadas aumenta as chances de obter uma indenização justa e adequada.

Com essas novas seções, o artigo fica mais completo e informativo, oferecendo uma visão abrangente sobre o que caracteriza danos estéticos e como buscar a devida reparação judicial.

Direitos e critérios para indenização por danos estéticos

Para obter indenização por danos estéticos, é necessário comprovar a existência do dano, sua gravidade e a relação entre o fato ocorrido e as alterações sofridas. Os principais critérios avaliados em um processo judicial incluem: 

  • Visibilidade do dano: Quanto mais visível for a alteração, maior tende a ser a reparação.
  • Impacto na vida social e profissional: Profissionais cuja imagem é essencial, como artistas ou modelos, podem ter um prejuízo mais significativo.
  • Intensidade e permanência do dano: Danos irreversíveis ou que afetam diretamente a mobilidade ou função corporal são avaliados de forma mais severa.

A indenização pode incluir reparação financeira pelos danos estéticos, bem como danos morais e materiais, dependendo do caso.

Como buscar a reparação judicial?

Reúna todas as provas:

Documentos médicos, laudos periciais, fotografias do antes e depois e relatos de testemunhas são essenciais para comprovar o dano e seu impacto.

Procure um advogado especializado:

Um advogado experiente em indenizações pode analisar o caso, identificar os direitos do lesado e encaminhar a ação judicial de forma eficiente.

Entre com a ação judicial:

O processo será movido contra o responsável pelo dano, seja ele uma pessoa física, uma empresa ou uma instituição de saúde. O pedido incluirá a reparação financeira pelos danos estéticos e outros prejuízos relacionados.

Danos estéticos não se limitam à aparência: eles afetam diretamente a autoestima, as relações sociais e, em muitos casos, a capacidade profissional da vítima. Buscar a devida reparação é um direito de quem sofre esses impactos, garantindo justiça e o suporte necessário para lidar com as consequências. É crucial obter uma resposta do sistema judicial sobre a solicitação de indenização por danos estéticos.

Conclusão

Em resumo, o dano estético é uma categoria autônoma de dano que se refere a lesões significativas que alteram a vida social e pessoal da vítima, causando uma alteração morfofisiológica. É importante distinguir o dano estético do dano moral e do dano material, pois cada um tem suas próprias características e consequências. Além disso, é fundamental buscar assistência jurídica para obter reparação e compensação por danos estéticos, morais e materiais.

 

Precisa de orientação jurídica?

Na Garrastazu Advogados, oferecemos suporte completo para casos de indenização por danos estéticos. Entre em contato conosco e descubra como podemos ajudá-lo a garantir seus direitos e buscar a reparação que você merece.


Ficou com alguma dúvida?

1. É possível receber indenização por um dano estético mesmo que ele não cause dor ou prejuízo funcional?

Sim. A indenização por dano estético não está necessariamente ligada à dor física ou à perda de função de um membro ou órgão. Se houver uma modificação permanente na aparência que cause impacto emocional, social ou profissional, a vítima pode buscar reparação. Cicatrizes, assimetrias, manchas e deformidades visíveis podem ser considerados danos indenizáveis.

 2. Se o dano estético puder ser corrigido com cirurgia plástica, ainda há direito à indenização?

Sim. O fato de haver possibilidade de correção cirúrgica não exclui o direito à indenização, pois a vítima pode ter despesas médicas significativas, além do desconforto e dos riscos associados a novos procedimentos. Além disso, a necessidade de passar por mais cirurgias, tratamentos ou terapias pode ser considerada um agravante no cálculo da indenização.

 3. O tempo para entrar com uma ação de indenização por dano estético é limitado?

Sim. O prazo para entrar com a ação varia de acordo com a origem do dano. Em geral, casos de erro médico têm um prazo de 5 anos, enquanto acidentes de trânsito e acidentes de trabalho podem seguir prazos diferentes conforme a legislação específica. Por isso, é essencial buscar orientação jurídica o quanto antes para não perder o direito de exigir reparação.

 Se você tem dúvidas sobre seu caso, consulte um advogado especializado para avaliar as possibilidades de indenização.

 

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